terça-feira, 27 de junho de 2017

Sobre um Requiem para um pesadelo


- Requiem aeternam dona mihi, Domine!
Perdido em meio as trevas
A solução passageira
Em meia dose de ópio,
Que destrói mais que overdose.
Minha mente, sem foco, em passos lentos
Presa em sonhos lúcidos nebulosos
Dentro de um pesadelo real
De fantasias desconexas
Qual o meio termo?
Estou preso, quero fugir....
Sonho... realidade....
Quero dormir!
Quero dormir, viver de sonhos seguidos,
Quero acordar, e forçar o sono, o sonho,
Redesenhar a meu modo,
Pausa, avanço, retrocesso,
Busco paz para alma!
Quero não mais sentir.
Desligar-me das emoções, para assim
Transcender e um eterno vazio.
Busco de vez a Escuridão,
Pois temo a Luz,
Mas por vezes busco a Luz,
Por temer a Escuridão.
Fantasmas me perseguem,
Não sei quem mais sou.
Preciso juntar as peças.
Buscar minha anima enclausurada –
Resgata-la.
E finalmente, renascer. 

26/06/2017

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Sobre flores mortas



Saudade tem a cor desbotada da ausência
Assim como pétalas secas em meio
A um caderno de lembranças,
Guardado no fundo do coração.
Saudade traz dor ao tempo,
Que passa devagarzinho,
Tira o calor do verão,
Traz melancolia,
Em tons de cinza tristeza,
Sente com a ausência
Machuca a alma e coração,
Saudade tem sabor amargo,
Com dor cintilante de amor
Tem olhos em prantos
De Solidão.

 15/03/2011

terça-feira, 13 de junho de 2017

Sobre o Éter

Sobre o Éter

Um poema aprisionado,
Que com este último sopro de vida
Engasgado tento termina-lo.
Letras, apenas letras atreladas
Tornam-se palavras...
- Versos talvez!?
Sem significado algum!
Palavras, essas dilaceradas dentro do peito.
Rascunhadas das gotas de sangue quente
Que ainda resta no meu coração.
Meu pranto, quase seco
Deixam estas palavras natimortas,  
E no último suspiro,
O poema quase morre comigo
Na saudade e lembrança do seu ser,
Espero agora, nas poucas horas que restam
Que sua presença,
Traga-me de volta o Éter,
Para que eu possa voltar escrever. 

março, 2006

Sobre Vaso Chinês IV

Vaso Chinês IV


O lado escuro da Lua,
Esconde na sua penumbra
Aquele velho vaso chinês,
Onde encontra-se oculta
Minha solidão.
Outono da minha vida,
Frio que abraça minha alma,
 Com sons de liras delirantes
Presa num sepulcro eterno. 
Devaneio ou realidade?
Não sei mais...!
Estar preso na nostalgia
Esperando o final da amargura
Na doce e sedutora voz da morte,
E por fim, entregar-se
Naquele longo campo de lavanda.

 Suzano, 08 de junho de 2017

sábado, 10 de junho de 2017

Sobre Memórias Inquietas

Escrevo para as paredes,

Para o escuro e o invisível,

Em folhas antigas,

Guardadas no fundo da gaveta.

 

Versos esquecidos pelo tempo,

De um amor que sobrevive

A cada pulsar do coração,

Na lembrança de um olhar inesquecível.

 

Memórias inquietas,

Letras doloridas e trêmulas,

Testemunhas silenciosas de um amor eterno,

Não vivido, que jamais se apagou.

 

Eu te quis todos os dias,

Desde aquele segundo momento,

Mas a tempestade veio e

Destruiu a ponte entre nós.