segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre Amar



Precisamos de coragem para amar, mas precisamos ter força e amor próprio para deixarmos de amar, muito mais ainda perdão e humildade para voltar a amar. Mais importante ainda para sempre amar vontade e dedicação precisamos.
Mas para nunca amar, basta-nos apenas covardia ou nunca tentar. Amar deve ser o básico para quem deseja o máximo do que a vida pode nos dar.
Toda verdade, para amar é preciso Amar Verdadeiramente.
Amar, é querer estar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

::. Sobre Chorar .::

Estou escrevendo para não gritar,
E espantar os pássaros, que nunca dizem adeus;
Estou escrevendo para não gritar, e afogar o coração.
Mas as palavras descem salgadas, como água de um mar morto, em silencioso soluço!
Estou escrevendo para não chorar, nem perceber o passar da noite,
Para esquecer que estou só, inevitavelmente só, apenas o pensamento.
Mas as palavras choram em um dilúvio eterno,
Me afogando noite a dentro,
Como um espelho sem face, sem alma, sem vida
Apenas flutuando.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sobre idas e "volta"



, e ela se foi, deixou apenas
um pedido para eu esperar,
sobre tentativas de gostar,
foi embora, sem entender meus sentimentos
desprezou, meu mais puro amor... meu afeto...
tentei, sem sucesso apagá-la do pensamento... sofri
e não consegui.

pensei... mas e se ela voltar um dia...
por castigo, mesmo com dor no coração... jamais a perdoaria
um dia ela voltou.. e nesse dia
abri os braços, e num abraço, perdoei...

esqueci então toda aquela dor...
e meu pequeno castelo comecei reconstruir
então chorei... sonhei novamente, os sonhos mais lindos e belos...

.... hoje estou sozinho novamente...
Ela novamente foi embora... dessa vez sem dizer porque
Não deixou uma linha ao menos...

E se um dia voltar....
Esquecerei toda a dor,
E de braços abertos... estarei a esperar...

ps: começar com virgula é proposital.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sobre certos momentos



A certos momentos que as quatro paredes são as melhores companhias. A cama desfeita, o telefone que não toca, aquele e-mail que nunca chegava, sms de esperança, a mesa toda bagunçada, cds fora da capa, livros esparramados por todos os espaços, anotações jogadas, poesias em pedaços de papeis, com coisas que remetem a um passado a espera de um passado não muito distante. O silencio só era quebrado por uma melodia que insistia em se repetir por diversas vezes.
As paredes então diziam: - não é hora de mudar Comandante?
Fingia não entender, e respondia... – Mas eu gosto desta canção.... se parece comigo... é a música dela....
Fazia frio, uma brisa gelada entrava pelo vão da porta e cortava o rosto, dia cinza como a vida nos últimos dias. Digitar era impossível, escrever menos ainda. A fumaça que vinha da caneca de capuchino dava um certo contraste as imagens que brilhavam no monitor.
Fiquei feliz quando na velha agenda encontrei uma poesia que escrevi na lanchonete, lembrei de sonhos que sonhava até ontem, talvez aquelas palavras dificilmente se repitam novamente. Talvez terá significados diferentes para cada um que chegar a ler..
Olhei a minha frente, algumas sulfites em branco. Não resisti. Mas as frases não saiam. Sei que havia muito a dizer, mas tudo no mundo e na vida estava distante, amargo, desafinado. A tarde chegou, e logo se tornou noite, sem momentos, sem instantes.
Simplesmente um eterno retorno a uma dor no coração.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre Castelo



Acreditava que o Coração não mais bateria, até que um dia uma flecha incandescente o atingiu, e aquele velho jardim abandonado novamente tomou vida. Comecei então a construir um Castelo, mas sem consultar a Princesa que nele viria morar... o tempo passou e uma Festa no castelo vizinho a levou para sempre.

Hoje, olhando tudo, o vazio toma conta. O Sol parece não penetrar as paredes, e novamente as flores do jardim começam a murchar. Estou preso ainda ao Castelo, e a ponte levadiça encontra-se quebrada, eu preciso abandonar essa construção, atravessar a ponte, não olhar para trás, e quem sabe ter a sorte de plantar um campo de girassóis em outro lugar.